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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Palmeiras quebra série rival e sai aplaudido, mas Coxa se classifica


O Palmeiras está fora da Copa do Brasil, mas seu torcedor não saiu tão chateado do Pacaembu nesta noite de quarta-feira. O Coritiba viu sua série de 24 vitórias seguidas virar pó, mas o coxa-branca também saiu feliz de campo. Em um jogo que já não valia tanto, o Palmeiras fez 2 a 0 e ao menos saiu com dignidade da Copa do Brasil. Com os 6 a 0 aplicados no Couto Pereira, o Coxa apenas administrou a vantagem e chegou à semifinal da competição, para enfrentar o Ceará, em jogos de ida e volta nas duas próximas semanas.

O milagre que Felipão pregava não aconteceu. Com dois tempos bastante distintos, o Palmeiras não teve força suficiente para fazer seis gols. Apesar disso, a disposição e velocidade mostradas no segundo tempo dão esperança ao torcedor. Ficou mesmo a sensação amarga de ter ido tão mal na partida de ida. Tanto que a equipe saiu aplaudida de um Pacaembu com público acima do esperado: mais de 6.500 pagantes, que compareceram a um jogo iniciado às 21h50m e com o time praticamente eliminado.

O Coxa perdeu sua sequência de 24 jogos só de vitórias e também sofreu sua primeira derrota na temporada, perdendo uma invencibilidade de 29 jogos. Mesmo assim, o time de Marcelo Oliveira vai forte para a semifinal. Nesta quarta, o Coritiba teve cinco desfalques e se precaveu na defesa, atacando apenas na boa. A pequena caravana coxa-branca apoiou demais e participou da festa da classificação.

A torcida no Pacaembu foi bem maior do que a esperada, e ela veio em missão de paz. Aplaudindo muito o técnico Luiz Felipe Scolari e gritando os nomes de alguns jogadores, os torcedores mostraram um clima ameno. Sem as organizadas, que não entraram no estádio como forma de protesto, o cenário foi composto por muitas famílias. O fã "comum" tratou o jogo como espetáculo, sem vaiar uma única vez, nem mesmo nos lances errados.

Apesar do apoio maciço, o Palmeiras não engrenou na primeira etapa. O meio-campo foi fortalecido com Chico, o que impediu o Coxa de repetir o amplo domínio que teve nos 6 a 0 do Couto Pereira. Por esse lado, a tática de Felipão funcionou: nomes como Davi e Bill ficaram bem apagados.

O único lance de perigo do Coxa foi justamente na única escapada da dupla. O camisa 9 recebeu sozinho pela esquerda e chutou rasteiro, exigindo grande defesa de Marcos. Com cinco desfalques entre machucados e suspensos, o time de Marcelo Oliveira não foi sombra daquele que construiu a incrível marca de 24 vitórias seguidas na temporada - um recorde histórico no Brasil.

De resto, só deu Palmeiras - que não significa que o goleiro Edson Bastos teve trabalho. Faltava ímpeto no ataque, tanto que Kleber precisou retornar várias vezes para buscar a bola no meio-campo. Sem muita mobilidade, Wellington Paulista ainda não encontrou o entrosamento ideal no ataque. Natural para quem fazia apenas seu primeiro jogo como titular. No fim do primeiro tempo, ele sentiu dores no ombro e nem voltou para o intervalo. Foi substituído por Adriano Michael Jackson.

Mal sabia o torcedor palmeirense que aí começaria a reação. Meio sem querer, Adriano invadia a área nos primeiros segundos da etapa complementar, ainda buscando seu posicionamento. Aí, a bola veio da esquerda e o camisa 19 deu um carrinho, meio que no susto. Mais assustado ainda, o zagueiro Emerson desviou contra as redes e fez 1 a 0 Verdão, com menos de um minuto.

Foi o suficiente para o Pacaembu explodir, ainda que sem a pressão de um estádio lotado. Ainda sem tanta organização, mas correndo demais, o Palmeiras conseguiu envolver o time paranaense na base da disposição. E aí, uma sucessão de lances fez o palmeirense começar, ainda que timidamente, a acreditar em um milagre. Primeiro, Marcos matou no peito um lançamento do Coxa, deu um chapéu em Bill e saiu jogando. Depois, o próprio Bill foi expulso após acertar uma bicicleta no rosto de Thiago Heleno.

Aos 19, o bom e velho Marcos Assunção, enfim, desencantou. A cobrança de falta perfeita, no ângulo esquerdo de Edson Bastos, fez o Palmeiras abrir 2 a 0. O camisa 20 não marcava desde o jogo contra o Paulista, em 27 de janeiro - mais de três meses de jejum. Se Marcos dava chapéu de craque e Assunção voltava a acertar uma falta no ângulo, por que o torcedor não podia acreditar na virada?

Bem, o Coritiba tinha vencido o primeiro jogo por 6 a 0... E está credenciado por uma excelente temporada. Por precaução, o técnico Marcelo Oliveira fechou o time e pediu marcação atrás do meio-campo. Os espaços ficaram escassos e o Verdão teve mais dificuldade para achar os gols. Com um a menos, o Coxa só se arriscou nos contra-ataques e quase diminuiu com Marcos Paulo, que recebeu do calcanhar de Leonardo e tirou de Marcos. A bola passou raspando a trave.

A dez minutos do final, o palmeirense já sabia que não dava mais. Em um grupo bem menor, o coxa-branca comemorava a classificação para a semifinal. Aí, começou a provocação saudável, aquela em tom de brincadeira. Se o alviverde da casa chamava o rival de "timinho", o alviverde visitante respondia na lata: "Eliminado". O milagre não aconteceu, e a invencibilidade não foi mantida. Mesmo assim, todo mundo saiu satisfeito.

palmeiras 2 x 0 coritiba

Marcos, João Vitor (Patrik), Thiago Heleno, Danilo e Gabriel Silva; Chico, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Lincoln (Tinga); Kleber e Wellington Paulista (Adriano).
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Edson Bastos, Jonas, Emerson, Demerson e Lucas Mendes; Leandro Donizete, William, Everton Ribeiro (Marcos Paulo) e Davi (Leonardo); Bill e Anderson Aquino (Maranhão).
Técnico: Marcelo Oliveira

Gols: Emerson (contra), a 1, e Marcos Assunção, aos 19 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Kleber (PAL); Bill, Lucas Mendes, Marcos Paulo (COR).
Cartão vermelho: Bill (COR)
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP).
Data: 11/05/2011.
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE).
Auxiliares: Márcia Lopes Caetano (Fifa-RO) e Jossemmar Diniz Moutinho (PE).
Público: 6.541 pagantes.
Renda: R$ 219.374,00.

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