Compare Preços

Compare Produtos, Lojas e Preços

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Luxemburgo quer manter atletas e evitar erro de 96

Mesmo antes de o Palmeiras iniciar o ano, Vanderlei Luxemburgo já comparava o grupo atual com o que conquistou o Campeonato Paulista de 96 com rodadas de antecipação e mais de 100 gols marcados. Agora, em meio à empolgação por sete vitórias consecutivas, o técnico não quer repetir a falha ocorrida há 12 anos, as transferências do elenco.

"Este time não pode ser desfeito em seis meses, como foi feito em 96. É um projeto para dar resultado a médio prazo, como aquela equipe de 93 e 94. Este time tem que ficar mais tempo e talvez essa recessão com a crise que atingiu todos os setores facilite isso", relatou o treinador.

Do time de 1996, logo foram embora Cafu, Flavio Conceição, Amaral, Djalminha, Rivaldo, Luizão e Muller, todos eles reforços trazidos pela Parmalat, antiga parceira do time alviverde.

Com as negociações, foram seladas as expectativas de aquele plantel repetir o bicampeonato paulista e brasileiro do Palmeiras de 1993 e 1994, também comandado por Luxemburgo.

Em 2009, a responsabilidade de manter o plantel é da Traffic, dona dos direitos econômicos de metade dos atletas do time alviverde. Mas Luxemburgo está tranqüilo até em relação à permanência de Keirrison, sondado por grandes europeus desde a temporada passada. O motivo seria a seqüência de Hernanes no São Paulo.

"O Hernanes é um exemplo. Está aí há dois anos, o São Paulo investiu nele e ele virou bicampeão brasileiro, se valorizou", apontou o técnico em relação ao camisa 10 de Muricy Ramalho que também tem parte dos direitos econômicos nas mãos da Traffic.

"Pela última conversa que tive com o Hawilla (presidente da Traffic), acho que não vai ter ninguém vendido. A venda pode acontecer, não dá para saber, mas o exemplo do Hernanes animou os cotistas", disse.

É no fortalecimento da sociedade com a Traffic que o Palmeiras quer ter sucesso como nos anos 90. O recém-eleito presidente Luiz Gonzaga Belluzzo é um dos entusiastas da parceria e Luxemburgo tem participado ativamente das conversas com a empresa.

Tanto que até vetou a participação do fundo de investimento na tentativa de manter Kléber e permitiu a venda do zagueiro Henrique no ano passado de olho nos interesses do sócio.

"Nós temos um parceiro e a venda do Henrique foi um sacrifício para a equipe, que perdeu um jogador bom tecnicamente, para dar corpo à Traffic. Ganhamos vantagem no parceiro, porque os cotistas entenderam que vale a pena investir no futebol", relembrou, minimizando os prejuízos da negociação do defensor com o Barcelona.

"Não perdemos o Brasileiro porque o Henrique foi vendido, mas porque não tínhamos equipe para ganhar aquele campeonato e isso ficou bem claro nos dez últimos jogos. Montamos a equipe para ganhar um título e para classificar à Libertadores, e foi o que aconteceu", reforçou.

Com um parceiro mais consolidado, a meta é deixar o time entrosado e aproveitar as características similares às do Palmeiras de 1996 para recuperar as previsões otimistas que não se confirmaram há 12 anos.

"A semelhança está na formatação deste grupo. O time de 96 foi montado em 95, e o plantel deste ano já tinha o Keirrison fechado há seis meses, o Cleiton Xavier e o Marquinhos também", afirmou o treinador.

"Não gosto de fazer comparações, mas essa equipe, como a de 96, promete. E também começou sob dúvidas. Quem era o Rivaldo em 96, por exemplo?", indagou Luxemburgo. "E este grupo não tem vergonha de aprender. O perfil deste elenco é o ideal, porque foi montado para dar resultado a médio prazo com jovens que querem crescer", elogiou.

Nenhum comentário: